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segunda-feira, 25 de abril de 2016

UM TRIBUTO AO BERÇO DE NOSSA CIDADE (CARPINA)



- Esse artigo foi publicado no jornal " A Voz do Planalto" em sua edição de abril/2016 na Coluna da Embaixada Carpinense.
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No além tempo era apenas uma passagem de estrada entre a capital da província (Recife) e as regiões do semiárido e mesorregião do estado de Pernambuco. Caminho dos almocreves que transitavam com suas mercadorias em lombo de burros dita dessa capital para aquelas regiões do agreste (e vice versa). Podemos citar que se tratava também dos limites entre os municípios de Nazareth da Mata e Pau d’Alho. Curiosamente Nazareth pertencia a Capitania de Itamaracá e Pau d’Alho a de Pernambuco.
Foi também nessa região (estrada) em onde se sobrepujava um planalto que o carapina/e ou carpina Martinho Francisco de Andrade Lima edificou seu rancho e nele fundou seu negócio de carpintaria. E previamente estalou-se ao lado daquela via a qual tinha certeza de que iria progredir, pois o movimento de passagem dos tropeiros eram intensa e iria florescer seus negócios. 
Foi então desbravado o sítio, pois também nele vieram alguns vizinhos ao carpinteiro, com suas choupanas e também alguns pequenos negócios, se tornando um “arruado”.
Com o advento da Great Western com sua malha ferroviária ao passar em paralelo à dita estrada, a qual possuía o alcunho de “estrada para Limoeiro”, chegou à pujança do progresso naquele lugar, o qual já se tornara uma pequena vila de nome “Chã do Carpina”.  Nela surgiu feira livre, comercio mais forte, casas de alvenaria e até logradouros. E por seu clima ser de um valor terapêutico naquela época, varias famílias de posses a escolheu para morar, veranear ou mesmo medicar-se de doenças pulmonares.   
Mais voltando ao assunto, dessa simples e longa estrada então se começou a indicar nomes para ela. A principio chamou-se Avenida Conselheiro João Alfredo – Não sei si por influência do Dr. Francisco José Chateaubriand Bandeira de Melo, por ser seu amigo e foi o dito conselheiro trouxesse para cá muitas mudas de arvores, lá do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, inclusive uma arvore símbolo que foi o “Fícus Benjamin”- . Depois em sua continuação seguindo para o hoje Bairro de Santo Antonio, grande parte foi batizado com a Avenida Dr. Francisco de Assis Chateaubriand. Ao longo do tempo e em homenagem ao Governador Estácio Coimbra que promulgou nossa liberdade, uma parte dessa avenida (Cons. João Alfredo) passou a ter o nome desse estadista.
Hoje as Avenidas Conselheiro João Alfredo, Estácio Coimbra e Francisco de Assis Chateaubriand. Sem sombra de dúvida foi o berço de nossa cidade. Aquele estrada foi o nosso embrião.   

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