- Esse artigo foi publicado no jornal " A Voz do Planalto" em sua edição de abril/2016 na Coluna da Embaixada Carpinense.
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No além tempo era apenas uma passagem de estrada
entre a capital da província (Recife) e as regiões do semiárido e mesorregião
do estado de Pernambuco. Caminho dos almocreves que transitavam com suas
mercadorias em lombo de burros dita dessa capital para aquelas regiões do
agreste (e vice versa). Podemos citar que se tratava também dos limites entre
os municípios de Nazareth da Mata e Pau d’Alho. Curiosamente Nazareth pertencia
a Capitania de Itamaracá e Pau d’Alho a de Pernambuco.
Foi também nessa região (estrada) em onde se
sobrepujava um planalto que o carapina/e ou carpina Martinho Francisco de
Andrade Lima edificou seu rancho e nele fundou seu negócio de carpintaria. E
previamente estalou-se ao lado daquela via a qual tinha certeza de que iria
progredir, pois o movimento de passagem dos tropeiros eram intensa e iria
florescer seus negócios.
Foi então desbravado o sítio, pois também nele
vieram alguns vizinhos ao carpinteiro, com suas choupanas e também alguns
pequenos negócios, se tornando um “arruado”.
Com o advento da Great Western com sua malha
ferroviária ao passar em paralelo à dita estrada, a qual possuía o alcunho de
“estrada para Limoeiro”, chegou à pujança do progresso naquele lugar, o qual já
se tornara uma pequena vila de nome “Chã do Carpina”. Nela surgiu feira livre, comercio mais forte,
casas de alvenaria e até logradouros. E por seu clima ser de um valor
terapêutico naquela época, varias famílias de posses a escolheu para morar,
veranear ou mesmo medicar-se de doenças pulmonares.
Mais voltando ao assunto, dessa simples e longa
estrada então se começou a indicar nomes para ela. A principio chamou-se
Avenida Conselheiro João Alfredo – Não sei si por influência do Dr. Francisco
José Chateaubriand Bandeira de Melo, por ser seu amigo e foi o dito conselheiro trouxesse para cá muitas mudas de arvores, lá do Jardim Botânico do Rio de
Janeiro, inclusive uma arvore símbolo que foi o “Fícus Benjamin”- . Depois em
sua continuação seguindo para o hoje Bairro de Santo Antonio, grande parte foi
batizado com a Avenida Dr. Francisco de Assis Chateaubriand. Ao longo do tempo
e em homenagem ao Governador Estácio Coimbra que promulgou nossa liberdade, uma
parte dessa avenida (Cons. João Alfredo) passou a ter o nome desse estadista.
Hoje as Avenidas Conselheiro João Alfredo, Estácio
Coimbra e Francisco de Assis Chateaubriand. Sem sombra de dúvida foi o berço de
nossa cidade. Aquele estrada foi o nosso embrião.
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