Um chavão retórico nos proporciona uma
dúvida e que nos produz tanto desalento. O Brasileiro
é por si corrupto em sua essência? Sem querer ofender... Mas, já comprou
algum produto pirata, ou falsificou algo, roubou TV a cabo? Furou alguma fila
ou subornou alguém mesmo que seja coisa insignificante? Eis então uma
complexidade apavorante que sem dúvida nos deixa com aquela perplexidade
assustadora. Talvez seja como já dissemos anteriormente em outras matérias, a
nossa miscigenação de raças que
proporciona tamanha perspectividade. (uma desculpa?).
Há desesperança na consciência do
brasileiro pelo atual momento em que vive a nossa nação. Por tudo que relatei
acima, nos traz certa certeza de que o povo – quase em sua totalidade -,
principalmente a elite brasileira não
se manifestam contra a corrupção, por uma razão evidente: A mesma não é contra
a corrupção, pois seria ser contra suas próprias estruturas e sustentações de
oportunidades na vida. Quem não sabe de um ditado popular que fala: “Não deixe passar um cavalo selado em sua
frente. Monte!” ou a Lei de Gerson - princípio em que determinada pessoa ou empresa
brasileira deve obter vantagens de forma indiscriminada, sem se importar com
questões éticas ou morais.-. É aquela oportunidade que chega seja ela de
qualquer natureza – boa ou má, mas proveitosa -. Acho que deu para entender né?
No que se refere ao nosso sistema
politico, denotamos sem vacilar que se encontra completamente falido. Vivemos
manifestações sociais que apequenam a responsabilidades que possuímos e
deveríamos assumir como cidadãos que somos. É bom lembrar que o atual momento
não se trata de uma crise que surgiu repentinamente, mas que vem arrastando-se
inexoravelmente por vários e vários anos, como um inchaço continuo de toda
sorte de desmandos, corrupções e conchavos. Soam em nossos ouvidos, que grupos
se nutrem de manifestações pros e contras governistas e ex-governistas – com
greves, aparições sociais e desmandos populares e sem saberem quais as
consequências ou mesmo sequelas que surgiram – esquecendo-se nesse ínterim que nossa economia
se desmantela na improdutividade e submete-se a pura inercia.
Claro que o nosso problema é mais
profundo. Tendo a governabilidade impropria ser um pivô tal qual um triturador
destruidor de aspirações. Ostentem forças politicas que forem da direita,
esquerda ou mesmo de centro, continuam no mesmo patamar de desmandos. É surreal o que vivemos. Não tenho
conhecimento de nenhum país que viva ou viveu o que nós estamos convivendo.
Cada dia nossos governantes assumem paradoxo abominável de desmando publico. Cortam
verbas já orçamentadas a bel prazer e as distribuem para outros “canais” de
conveniências próprias. Muitas vezes essas verbas são fundamentais. Quer um
exemplo? Houve cortes no Ministério do Transporte relativo a estruturas e
manutenções das estradas brasileiras!(?) Como se encontram nossas BRs? Completamente
imprópria a uso e falidas. Mais esburacados que as crateras lunares. Mais
porque esses cortes? Para remendar claro, seu déficit público desenfreado e
desgovernado, junto a tudo isso se soma aumento dos impostos sem contrassenso. Ai
pergunto? E o rio de verbas passadas a parlamentares há pouco tempo, somente
para conchavar particularidades corruptivas? Esdruxulo tudo isso não?
Não sejamos então injustos nem
precipitados... Nós mesmos somos os culpados e inoperantes, pois no fundo da
verdade temos índole de adultérios!
Um grande intelectual expressou-se um
dia.
- “Meu desalento é uma espécie de
ressaca existencial. Contudo, coleciono determinadas esperanças firmes e
fundamentais” Murillo
Leal
(meio louco, mais bem verdadeiro).