Arquivo do blog

Minhas Redes Sociais

quarta-feira, 29 de abril de 2020

ABRIU-SE A CAIXA DE PANDORA? E AGORA?


Sensivelmente estamos vivendo um tornado fulminante e quem sabe até irreversível para os padrões democráticos, tudo por conta de um transbordamento ou melhor dizendo um tsunami de momento que afetou extremamente a importância para o cenário atual do Brasil.
Não estou falando sobre a Pandemia do Coronavírus, pois já é fato consumado sua existência em nossa terra e que com nossa fé irá terminar em breve.
Nossa Caixa de Pandora refere-se a política. Ela revelou-se e abriu seu conteúdo, transnadando assim todos os seus artefatos malignos viventes e guardados a sete chaves no obscuro submundo da política. A nossa Pandora revelou-se destruidora e com todos seus males proeminentes fúteis e calamitosos, deixando apenas a esperança presa – essa nunca morre -. 
Esse Tornado que nos abateu possui a força de um F-5 (maior em sua escala de devastação). Nossa politica já estava devastada por processos e intrigas nocivas e malignas por parte dos representantes entre autoridades e parlamentares e outros envolvidos. Não respeitando o clima calamitoso da epidemia viral e que assola nossa nação em andamento.
As maledicências prosperaram, veio então as desconfianças, os disse-me-disse, as Fakes News, enfim todo tipo de modos e fatos que somados, fizeram de nosso momento um verdadeiro vespeiro. Nossa Nação está em caos políticos, socioeconômico e de endemia. Ninguém se entende mais, do simples homem do povo aos altos mandatários da nação.   
É visível a situação drástica que aflige nosso momento democrático. Já é transparente o conflito envolvendo: Câmara, Senado, Oligarquias estaduais e governadores, ex-presidentes, mídias (em ênfase o Grupo Globo), parte das Forças Armadas e muitos outros unidos para desgastar e derrubar o Governo Federal, como também a força invisível do Centrão – Uma ala da Câmara Federal de interesses duvidosos -.  É importante lembrar que o atual chefe da nação – Jair Messias Bolsonaro – venceu a eleição e conseguiu varrer a corrupção e por conseguinte o PT- Partido dos Trabalhadores. Fazendo isso, deu margem para uma batalha crucial diante daqueles que perderam as mamatas, os conchavos, além da turma do TOMA LÁ, DÁ CÁ.  Todos envolveram-se numa trama desleal com o intuito da volta dos tempos “gordos”, além do sentido ego centrista do poder. 
Vivi os tempos do Regime Militar (sai ileso e sem problemas), muitos que lutaram contra sentiram na pele o tal do AI-5                 - Um Ato Institucional que endureceu contra a falange revolta -. Hoje, vemos uma população em frente aos quarteis enlouquecidos e pedindo a volta desse esse AI-5 – vejam em que situação estamos -. Naquele tempo era uma luta contra os comunistas, hoje é uma luta contra a corrupção, coisas completamente diferentes.   
O que nos deixa enlevado é a posição do povo brasileiro ao lado do Presidente – eleito democraticamente – e contra toda essa malta acima citada e especificada. Será que o povo está errado? Acredito que não.   
Por fim é lamentável dizer, mas a real situação é que essa malta - ferindo a Constituição Brasileira em vários artigos, parágrafos e incisos, arrebataram o timão das mãos daquele que possui o direito de usá-lo – eleito democraticamente pelo voto popular -. Eis aí uma tramoia sem precedentes na nossa democracia. Quem tem o direito não pode usar e quem não possui, tenta usa-la. Como disse certa vez o ex-presidente José Sarney - A inclusão de todas as reivindicações corporativas tornou o país ingovernável, fazendo da Constituição Federal algo mais grave do que um Frankenstein.” (referindo-se ao monstro criado por Victor Frankenstein e que criou o mesmo com o rosto em retalhos, em um sentido figurativo o ex-presidente descreveu, pela quantidade de emendas que provocariam contradições futuras). Entrevista dada a jornalista Teresa Cardoso da agencia Senado na época (trecho usado em nosso artigo anterior e pelo qual o reeditamos aqui).  
O fator do momento se deu quando tal qual Sansão quando derrubou as pilastras do Templo de Dagom, nosso venerado e destemido Dr. Sergio Mora, num ímpeto de um egoísmo translouco e ao mesmo tempo em defesa de uma pessoa amiga – tendo sido (ele) o pivô de uma crise. O ex-Superintendente Geral da Policia Federal o  Delegado Mauricio Valeixo, seu braço direito – revolucionou a nação com seu pedido de demissão como Ministro da Justiça. Um ato que aqui para nós foi leviano. Ele pensou só em si e não no Brasil. 
Claro tirou uma grande parte do alicerce implantado pelo Presidente Bolsonaro, visto que ele era uma das pilastras de sustentação do governo. Foi um baque duro para o governo Federal. Mas a ciência da matemática já diz: “Não existe um primeiro sem segundo”. Além disso podemos acrescentar um ditado sábio e popular: “Vão-se os anéis, ficam os dedos”. Também existe um proverbio africano que diz: “A arvore que enverga, não quebra”. Bolsonaro é daqueles que enverga mais não quebra, fazendo jus a esse proverbio. 
E vamos andando e galopando em sentido aos nossos destinos. Espero que consigamos reverter todos esses males: Pandemia e o Pandemônio, que aflige nossa terra querida. Deus proverá tudo isso. Tenho sempre comigo essa frase: A fé remove montanhas!
FONTES:
PENSAMENTOS: “Superar é preciso. Seguir em frente é essencial. Olhar para trás é perda de tempo. Passado se fosse bom era Presente”. (Clarice Lispector)

terça-feira, 21 de abril de 2020

BRASIL - UM RETRATO DESFOCADA


Nós brasileiros sempre temos a convicção de que somos de uma terra de bonança e de esperança contínua. Não deixa de ser uma verdade, pois temos de tudo e do melhor. Nosso defeito é não valorizar nossas requintadas riquezas .
Se olharmos de verdade, temos o melhor sistema de saúde do mundo: o SUS – Sistema Único de Saúde (totalmente grátis) – Temos o mais perfeito Estatuto da Criança e do Adolescente, como também o Estatuto do Idoso, entre outros Nossa Constituição Federal é considerada também um modelo de harmonia dentro de uma democracia plena. 
Mas nada funcionam. No SUS por exemplo, somos o povo mais sofrido em atendimento de saúde em todos os aspectos. Conta-se a “lendaque de cada dez reais destinados ao sistema, só dois reais chegam ao seu destino (Pasmem! estimativa de perca de 80% das verbas destinadas). Existe uma infinidade de vertentes que se infiltram em suas entranhas e fazem a mesma desaparecem em vertedouros de um buraco negro – são desvios de medicamentos, insumos, atendimentos fantasmas e tantos e tantos outras maneiras de preterir e surrupiar, em um peculato absurdo. Tornando o sistema completamente desprovido de recursos e provocando um colapso no atendimento em seu absoluto. Os Estatutos acima mencionados, na verdade são complexos e de primeiro mundo, mas também não funciona na prática, mas apenas no papel e deixando a desejar todos seus artigos e incisos. Na verdade, são inoperantes por falta de rigidez e controle. Anula-se em seu enredamento.
Quanto a nossa Constituição Federal na verdade foi constituída dentro de um padrão sistemático onde só laboraria a contendo, nos parâmetros da cumplicidade dos três poderes - Executivo, Legislativo, Judiciário – onde cada um cumpriria seus princípios de legalidade. Execução; Controle; Legitimação. Respectivamente. Ou seja, conivência.
Contudo desde sua criação não funciona. Muitos podem dizer que funciona sim. Mas existe um porem. O famoso sistema “toma lá, dá cá” que existem desde o começo, torna inviável qualquer procedimento normal pelo qual o Executivo necessitava para governar. O “dialogo” com o Congresso Nacional é simplesmente em outros termos. 
Já de quando sua homologação (Constituição), o presidente da república na época – José Sarney – postergou seu pensamento assim: “A inclusão de todas as reivindicações corporativas tornou o país ingovernável, fazendo da Constituição Federal algo mais grave do que um Frankenstein.” (referindo-se ao monstro criado por Victor Frankenstein e que criou o mesmo com o rosto em retalhos, em um sentido figurativo o ex-presidente descreveu, pela quantidade de emendas que provocariam contradições futuras). Entrevista dada a jornalista Teresa Cardoso da agencia Senado na época.  O que ele quis dizer é que a Constituição Federal apesar se estipular de um regime presidencialista ( oficializado pela mesma e confirmada pelo plebiscito em 1993), O presidente não possui voz de execução, sobrou apenas as MPs (Medidas Provisórias) e de duração de 60 dias, as quais são prorrogadas por mais 60 dias, num total de 120 dias, após isso só valerão com as promulgações do Congresso Nacional. Em síntese, essa referida casa é que dita as leis, apesar de não serem constituídos para tal.  Tornando o Poder Executivo refém de um sistema corrompido. Todos esses anos após a promulgação da Constituição, os governos que sucederam-se só vem tendo governabilidade através do “toma lá, dá cá”, dessa maneira surgiram: Mensalão... Petrolão... etc. e tal e o que vemos desenhando-se é o Covididão?
No momento vemos estarrecidos medidas tomadas pela Câmara Federal, relativo a indenizações de quase 90 bilhões de reais, que a União deverá pagar aos estados e municípios pelo fato da queda das arrecadações. (?). Segundo estimativas do presidente da casa (Rodrigo Maia) somente para recompor a perda na arrecadação, a União deverá desembolsar esse valor como recompensa a perca dos impostos entre abril a setembro dos estados e municípios. Pergunto: Onde a União vai tirar esse dinheiro? Se os próprios estados e municípios tomaram a iniciativa de isolamento e fechamento socioeconômico por completo, fazendo a arrecadação declinar. Além de rasgar a Constituição em seu artigo 5º.
Art. 5º, Caput, CF–“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes;”[...].
Está espelhado que essa medida é política, ou seja, querem massacra o governo federal, numa tentativa de um golpe branco (Parlentarismo). Essa medida não pensou no povo brasileiro, mas no egocentrismo de suas razões políticas e pessoais.     
FONTES:
https://www.youtube.com/watch?v=O-Go8KtaSTc   (Canal de Alexandre Garcia)
PENSAMENTOS:Podemos escolher o que plantar, mas somos obrigados a colher o que semeamos Proverbio Chinês.

quarta-feira, 15 de abril de 2020

UMA LINGUAGEM DE GREGO*


(*) Geralmente costumamos ouvir a expressão “estou falando grego?”, como forma de fazer referência a quando você não está sendo compreendido, pelo fato do grego ser uma das línguas ocidentais mais difíceis de se compreender.

Coitada de nosso CARAVELA, qual tal a Nau Catrineta e popularmente chamada aqui no Brasil de Nau Catarineta um poema que conta a trajetória de uma nau que se desorientou no trajeto de Olinda a Lisboa nos idos de 1565, levando o filho de Duarte Coelho a Portugal e virou uma dança do folclore pernambucano  ainda sem rumo continua a navegar por mares tempestuosos. O marasmo do cotidiano dessa quarentena, vem deixando mais e mais nossos nervos à flor da pele. As incertezas é que mais nos corrói. São as notícias negativas sempre em evidencias, profanando e enchendo nossas almas de inseguranças.
Se atentarmos para a realidade, o disse-me-disse das autoridades, dos políticos, da religiosidade extrema, da massa popular, tudo vira uma “torre de Babel”.  Desencontros nas palavras... nos pensamentos... nas ações.
O que me chama mais atenção, são os incompatibilidade de palavras das autoridades e políticos.  As autoridades como sabemos trafega suas atuações sem objetivos de um rumo concreto em suas atitudes burocráticas. Seus estilos são desconectados com o pretexto inverso nesse momento crítico. Medidas são tomadas sem um planejamento eficaz, provocando muitas perdas e danos. A quarentena que vivemos sem dúvida está completamente fora dos eixos e do realismo das condições das camadas sociais, sejam da, A da B ou da C. Deveria haver um estudo maior para adequá-la a ocasião anormal... atípica pela qual vivenciamos. Tudo foi feito de brusco e de um apavoramento impróprio, e sem um planejamento apropriado. É verdade que fomos todos tomados por uma borrasca súbita e sem precedência, mas agora já estamos nos adequando ao processo. É necessário então mudar o raciocínio e as ações, para que possamos voltar a vida normal compassadamente. Falou-se muito (as autoridades) que o pico da Pandemia seria entre meados de março passado – não foi – ficou a previsão então e dentro da programação da quarentena para entremeios de abril – não está correspondendo ou já estamos virando a página dessa epidemia? -, Outros (ainda as autoridades – médicas e governamentais) – já estão dizendo que será em junho... outros para julho... outros para setembro... e vai seguindo. Qual a realidade gente? O Brasil vai ficar parado nessa incerteza? Tem que haver soluções urgentes.
Para a mídia quanto maior o caos, melhor para seus noticiários. Um absurdo que vai além da imaginação. Só números de infectados e mortes, nada dos curados, de uma expectativa mais amena. Para eles (mídia) é um prato cheio as notícias ruins (dá Ibope). Onde anda a esperança? Onde anda o humanismo dessa gente? É certo que as notícias sejam levadas ao público, mas de uma maneira que não leve ao pânico. A situação está crítica e descontrolada na apresentação dos boletins, praticamente em 24 horas interruptos e exageradas, num verdadeiro cenário de horrores.
Se variarmos nossas atenções para os políticos, veremos o “buruçú” de um autentica arena dos tempos romanos. A luta, a inveja, as traições.  Tudo imbuídos numa atmosfera de beligerância profunda. A eles não interessam o que se passa realmente no Brasil, o importante é tirar vantagens sobre seus oponentes. O caos está instalado e formatando um futuro sombrio para as eleições vindouras – vale para essa próxima e a de 2022 - O palanque já está armado.
No momento está na berlinda o novo governo. Câmara... Senado... Mídia... estão apavorados com a ascensão do seu principal oponente, a pessoa do senhor Jair Bolsonaro. A maneira que o mesmo está encaminhado o processo de sua gestão, obstruindo tudo de que é corrupção nesse país, está deixando muitos políticos de “cabelos brancos”, isso também somado a inveja pelo poder. É uma batalha de propensões danosas a saúde do Brasil. Hoje temos dois vírus associados em efusão: o Corona e a Pólis podre – palavra política que deu origem pelos gregos -.   
Em suma, estamos verdadeiramente num Pandemônio.
FONTES:
PENSAMENTOS:    
A responsabilidade de todos é o único caminho para a sobrevivência humana” (Dalai Lama)



quinta-feira, 9 de abril de 2020

VIVENDO UM ARMAGEDON


O destrutivo e crítico momento que nós brasileiros do amado Brasil vivemos atualmente, traduzindo um trasbordamento de  um colapso mentalmente destrutivo: O medo e o desvairado (período político).
O medo é subtraído da Pandemia viral que hoje ataca o mundo (covid-19) e que acredito por mais tétrica que seja, deveria ser tratada com uma certa delicadeza diante da população atônica e desprovida, afim de não causar o pânico. Na verdade, não vemos esse raciocínio por parte da grande mídia – que é um amplo canal de comunicabilidade diante da massa popular – ostentam agressividades de noticias cheias de claques negativos e muitas vezes factoides e fabricada maldosamente, fazendo uma trincheira de temor nas pobres imaginações de uma população carente e verdadeiramente desinformada. Vemos também que as autoridades trabalham ainda numa falta de tato para absorverem certos momentos difíceis, deixando a desejar uma carência de conhecimento do problema – trata-se de uma dificuldade nova e grave, nunca enfrentado ostensivamente pela nossa medicina -, tanto estrutural como psicológico. Com isso deixa transparecer uma situação de incertezas e legado a sociedade com receios de que medidas realmente tomadas são verdadeiramente plausíveis com a situação. A dúvida persiste em todas as camadas da população. Como deve agir, como deve prevenir-se. É fato que os informe das higienizações são pertinentes, mas indiscutivelmente um pouco fugas para a população de baixa renda que não vive a realidade informativa e econômica de outras classes sociais. A falta do auxilio do poder publico é bem abaixo do contesto. Não farás nada se mostrares apenas o caminho do rio, tens que dar-lhes a vara e a isca para a pesca! Do contrario nada acontecerá. É isso! A necessária identificação com a massa que não possuem recursos de enfrentamento diante dessa peste.
É o que está acontecendo em relação a população carente. Mas Deus é misericordioso.
Vejam por exemplo essa circunstância: Descobriu-se que um remédio contra a malária, que seria capaz de combater com eficácia o coronavírus, e que aplicado nos primeiros sintomas traria um bom percentual de cura. A hidroxicloroquina. Em São Paulo houve muitos casos de curas e assim salvamento de muitas vidas. O mundo inteiro já está usando esse medicamento associado a um antibiótico ou antiviral e obtendo curas eficazes. Aqui, muitos médicos não aconselham o referido medicamento por problemas das contraindicações. Não é estranho isso? Qual medicamento que não possua contraindicação? Na verdade, há resistências políticas por trás disso, pois poderia significar uma vitória sobre o vírus e um antídoto contra o caos – coisas que alguns aproveitadores desejam. É onde encontramos a outra ponta do fio da meada. O desvairado poder político.
Lendo uma crônica do grande jornalista Alexandre Garcia no Jornal Correio Braziliense, onde ele fala textualmente sobre a situação do coronavírus aqui no Brasil: “Será que não percebemos que a politização e a ideologização do vírus são o que nos torna reféns desse perigo para a nossa saúde física, mental e financeira? E que o bate-boca ideológico só agrava a situação? Enquanto nos mandam cobrir nosso nariz e boca com máscara, na verdade que se mascara para não ser reconhecido na sua personalidade política e ideológica é o coronavírus. Superando a perplexidade do pânico que imobiliza o pensamento e a ingenuidade passiva de massa-de-manobra, é tempo de perceber que não se pode permitir que esse estrangeiro seja usado na disputa do poder. Politizar o vírus é potencializar seu poder de destruição; A manipulação a que temos sido submetidos por razões politicas é o velho truque de tirar vantagens no caos. E quem tem o caos como meta pouco está ligando para a sobrevivência dos brasileiros. 
Em outras palavras, o comentarista político e jornalístico Alexandre Garcia, almejou dizer é que muitos estão aproveitando-se da Pandemia, para promover-se politicamente e claro conscientemente atacar erros por menor que seja de autoridades e dirigentes do nosso país, formando com isso um caos prejudicial a nação. Exemplo disso é o que estão fazendo intempestivamente com o presidente da república. Procurar a todo preço desestabilizar o governo, numa época em que todos deviam acoplar forças positivas contra a Pandemia.
Precisamos sim de confiança em nós mesmos e deixar o egoísmo latente que se propagar-se nesse momento crucial.
FONTES:
PENSAMENTO:
Você pode encontrar muitas derrotas, mas você não pode se deixar derrotar”.
(Maya Angelou)


sábado, 4 de abril de 2020

PANDEMIA CARPINENSE - EXTRA -


>> Texto de meu amigo Claudemir Gomes (MIMO) - Jornalista 
=========================================================
Em tempos de coronavírus o distanciamento social é essencial, principalmente para a minha geração. Em confinamento nos sobra tempo para muitas coisas, inclusive dar uma volta no passado.
Santo Agostinho, um dos maiores filósofos da Igreja Católica, nos ensina que, "o presente do passado é a lembrança". Sendo assim, sempre que fico a conversar, cá com meus botões, relembro o passado: a infância, a adolescência e a juventude no doce e familiar Carpina.
Ontem falei com Zezinho Bezerra; Márcio Adonso é meu vizinho e sempre nos encontramos. Hoje cedo liguei para falar com Mineco. Ele disse aflito: "Estou me escondendo debaixo da cama". Todos os dias dou uma olhada no grupo Embaixada Carpinense. Sinto falta do abraço fraterno do amigo João Jovino. O Facebook faz com que Carpina esteja sempre dentro de mim. Maravilha!
Depois de falar com Mineco resolvi dar uma volta no passado, imaginando como seria Carpina há 50 anos, ou mais, vivenciando uma pandemia de coronavírus.
Na minha "viagem", peguei a bicicleta Monark da minha irmã Carol e comecei a passear pela cidade. Descobri que todos estavam reclusos por conta da pandemia carpinense.
Como é esquisito nossa Carpina deserta!
A casa de seu Pirulito (Antônio Cysneiros) está toda fechada. Todos estão trancados: ele, dona Coleta e Gracinha. Poxa! Com esse negócio de pandemia nem vou poder ir pra missa com Gracinha e Williams. E o Padre Leitão, como vai orientar o seu rebanho. Nem a missa campal das 19h, aos domingos, vai poder ser celebrada.
Não vejo ninguém aqui na Avenida Chateaubriand. Cadê Dito (Expedito Santos)? Está enclausurado junto com os pais, irmãos e irmãs. Na casa de seu Álvaro do cinema também não vejo ninguém: nem Damasceno, nem Afrânio e nem as meninas. Néo Maguary está seguindo à riscas as recomendações de ficar em casa. Estou preocupado com as velhinhas do Dispensário São José. O poeta, Luís de França, também está recluso.
Bom! Vou tomar outro rumo.
Nossa, quantas mães aflitas! Dona Aracy Carneiro está procurando Mineco; dona Rosalva grita chamando por Rui; dona Risete está à procura de Renato; dona Brandina me perguntou se eu vi o Marcos Paiva enquanto dona Josefa Alves busca Márcio Adonso. É isso aí: mães zelosas, filhos travessos.
O grandão Lapenda acabou de entrar em casa. Isso é sinal de que a Bazuca está fechada. E como é que Birau vai fazer para reunir os amigos? Gil Guedes, meu guru político, vai ficar sem ler as últimas edições do Pasquim.
Seu Costinha já trancou toda a prole. Ninguém de fora pode entrar para rezar o terço. Johny, Josenildo e Sílvio estão proibidos, temporariamente, de namorar com Jesus, Carminha e Deca, respectivamente. Ih! Deda também não pode ir para casa de Rosineide. Seu Marcos deu o recado para Zito, Nilson, Severino e Adelma: "Ninguém sai".
O professor Rezende suspendeu as aulas no Pio X. Sula, Galego e Aldenis, assim como Luís de França (Casado), estão arretados porque não vai ter a pelada do vôlei.
A bomba de seu Firmino também fechou, o mesmo acontece com o Lanche Bem de Miranda; o bar de Dedé e a sorveteria de Rafael.
Nem os cartazes dos cinemas estão nos postes. Esse negócio de pandemia é sério mesmo.
O velho Jaime Gomes só faltou enfartar quando dona Maru disse que ele tinha que fechar o Bom.
Seu Valfrido pegou Maurinho pela mão e fechou a loja. Seu Neco sapateiro seguiu o exemplo. O comércio da rua do mercado está todo fechado. Seu Salgado foi o último a fechar a loja. O primeiro foi seu Jaime, que logo se recolheu junto com Jaiminho e Jairo.
Seu Júlio Rosa e dona Verilda guardaram todos em casa: Solon, Edson, Edmilson, Edvaldo, Dina e Julhinho. O mesmo fez seu Bitonho que ficou com dona Judite trancafiados nas Tabocas com Williams, Lebre e Alexandre.
O velho João Marques acabou de fechar a barbearia. Foi pra casa. Ficar de quarentena junto com os quatro filhos, com Duca tocando sanfona não é tão difícil. O problema é segurar Paulo Marques que está sempre querendo sair para caçar raposa junto com Zequinha Vieira da Cunha. Paulo até falou da possibilidade de apresentar shows na Ação Paroquial. O cabra é irrequieto.
Estou pedalando em direção a Igreja de São Sebastião. Seu Lapa reuniu os filhos (Carlos, Jorge, Joaquim, José e Beatriz), e fez ver a eles a importância de se resguardar em casa. Não vai ser fácil prender os marmanjos. O mesmo acontece com João do Bode.
Agora há pouco, seu João Carneiro passou correndo na sua lambreta. Foi conferir se todos os filhos chegaram em casa.
Seu Antônio das Jóias ordenou para que todos os filhos ficassem em casa. Nem o folclórico Papata estou conseguindo ver nas ruas desertas e nem Engole Cobra, que gosta de fazer plantão defronte o hotel de seu Gabriel. Alguém viu Biu Doido?
Dr. Gentil, da gentileza, e da nobreza de Pernambuco... por onde andas?
Acho que a Rádio Planalto não vai fechar. Comunicação é serviço essencial. Dona Ceci foi trabalhar e vai fazer revezamento com Natan Lucas. . Quito e Fred estão sem saber se vai haver ensaio dos Lobos. Joca e Nenem topam a parada, mas Cláudio Caneca e Carlos estão receosos.
Seu Newton está esperando o último ônibus chegar do Recife. Seu Cacilde já se recolheu. Até o velho Gervasio guardou a ambulância. Seu João da Banca está na frente da casa papeando com Antônio Rodolfo.
Zito, Zezinho, Paulo e Calila são filhos obedientes e estão todos em casa. Dr. Aranha e dona Hercília já chamaram Benjamim. Seu Bione mandou o grandão Edmilson de aquietar. Eraldo é mais comportado.
Dr. Fontes acabou de colocar um cadeado no portão. É o único jeito de segurar Fernando em casa.
Já pedalei muito na bicicleta do tempo, acho que é hora de ir para casa.
Estou passando pela casa de Dona Virgília e não vejo ninguém. Tia Creuza já enclausurou Mituca, Creuzinha e Aneliza.
Para dona Lourdes não abrir a biblioteca tem que ser uma coisa muito séria. Ela ama o trabalho tanto quanto ama o filho, Fernando Monteiro.
Silêncio sepulcral no Lenhadores. Evinha e Lúcia Aprígio, eternas madrinhas do clube, devem estar tristes.
Sinto falta dos bailes. As belas filhas de seu Firmino tinham um brilho especial; Alba Moura com sua discreta elegância e charme sedutor...
Nesse tempo de pandemia nem assustado podemos fazer. Haroldo Salgado estava P da vida.
Olha outra bicicleta!
É seu Zé  do Álcool passeando com seu papagaio no ombro. Com a cidade deserta, ele parece um zumbi.
De repente o silêncio foi quebrado com um abrir de porta. Era seu Bio varrendo o Lenhadores. Ele falou que as únicas almas que passaram para tirar seu sossego foi Marcos Lima (Pitoco) e Valdemir Lobato (Pimenta). Como sempre gritaram: "Dr. Satã!" e correram pela rua das Tamarinas.
Não arrisquei ir na entrada da cidade para ver como Dr. Vespasiano fez  para manter as meninas livres do coronavírus. Belas meninas!
Eita! Joãozinho fiscal deu um grito me mandando pra casa. Vou me recolher. Ele é como um irmão mais velho para mim. Tenho que obedecer. Gente!
A pandemia carpinense é uma obra de ficção. Coisa do imaginário de quem está recluso e resolveu dar uma volta no tempo.