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quarta-feira, 9 de março de 2016

UMA GERAÇÃO PRIVILEGIADA.

Minha geração acredite, foi sem sombra de dúvida a que mais se glorificou nesse retalho de acontecimentos no mundo atual. Ela vem dos antigos rádios receptores super-heteródinos valvulados e que para começar a funcionar era necessário esperar o aquecimento das referidas válvulas e hoje no afloramento de nossa terceira idade vem acompanhando e despertando um pouco receosos o atual tempo da tecnologia, da internet e do mundo virtual. Vimos o passar do tempo e o progresso chegar e não temos afabilidade por esses estados de fatos que delineia no ceio da juventude atual. Não é saudosismo mais um processo sem confiabilidade pelo fato da inércia cultural.
A maior de nossas riquezas foi na década de 60 do século XX. Foi uma década de muitas mudanças no mundo principalmente no que restringe a juventude e onde aconteceram revoluções culturais, protestos juvenis e até a liberdade sexual. Podemos dizer categoricamente que houve duas fases distintas no decorrer dessa década a qual chamamos de “anos dourados”. Sem sobra de dúvidas os primeiros anos (60 á 65), existiam ainda um lirismo e um sabor de inocência e até no idealismo nessa fase. A partir de então explodiu a liberdade dos jovens e os preceitos pelos quais si vivia, foram corrompidos um a um e assim floriu aquilo que podemos chamar da revolução dos costumes surreais e excêntricos. Brotaram-se músicas mais eletrizantes como o rock, twist, elegeram-se bandas desses gêneros aos montes, podemos citar “Os Beatles” que foi um fenômeno, assim como os “Rolling Stones”. O aparecimento de “tribos hippers” e as indesejáveis drogas. Aqui em nosso Brasil, claro que a juventude também entrou nesse mérito.  Programas de auditórios como “Jovem Guarda” que realmente foi o propulsor para a mudança da juventude brasileira, trouxe a realidade do mundo lá fora.
A juventude Carpinense claro não deixou de absorver toda essa avalanche trazida pelos meios de comunicação, principalmente pela Televisão. Daquela pacata sonolência e provinciana houve uma transformação para uma juventude pujante e ansiosa por inovações. Apareceram principalmente nos estudantes grêmios, clubes como: Clube Social Esportivo “os Lobos”, CJC (Comunidade de Jovens do Carpina), UESC (União dos Estudantes Secundários do Carpina). Bailes nos padrões modernos, deixando os velhos boleros para o rock e baladas. Começou-se a usar roupas e artifícios modernos. Podemos citar as calças da marca Lee e Levis e tênis All Star, dos cigarros e bebidas: Cesterfield, Phillips Moore, Malboro. O Gim, Wiskys Bell, Ballantines. Colônias e perfumes: Lancaster, Chanel e etc. Tudo isso especificamente importadas. Uma época realmente deslumbrante e efervescente.  Mais como diz o ditado: “Nem tudo que reluz é ouro”, as consequências da liberdade sem limites forjaram uma complexidade de exageros, como notadamente a expansão das drogas e a desenfreada liberdade sexual. Hoje já não existe mais aquele élan que foi nutrido por toda essa cercadura de acontecimento.  Hoje existe praticamente uma juventude escravizada pelas mídias e pela tecnologia, deixando para traz um rastilho de avidez cada vez maior pela facilidade técnica. A individualidade juvenil tornou-se uma síndrome nefasta no uso de aparelhos tecnológicos a exemplo de celulares, smartfones, jogos eletrônicos. Em fim a juventude não cultiva mais as coisas naturais a ela destinadas.   Uma pena!      

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