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Artigo publicado na
Coluna da Embaixada Carpinense na edição de março/2016 do Jornal “A Voz do
Planalto”.-
Uma coisa que me
deixa deveras ressabiado são os banquetes que políticos fazem com o dinheiro do
povo. Para começo de história é que em todos os eventos públicos que se fazem
hoje em dia tem que ter a participação de verbas governamentais. Seja no
sentido amplo de um município, estado ou mesmo federal. Hoje para que se ter um
evento dessa natureza há necessidade de verbas do governo. Não acho isso
correto, pois esse dinheiro vindo dos impostos e outras arrecadações são
destinados a outros afins como a educação, a saúde ou a infraestrutura e indo
parar nesses acontecimentos, digo sinceramente “é pão e circo para o povo”- além de um
eventual caixa dois para os “espertinhos”.
O danado é que o brasileiro acostumou-se a essas marmeladas e fica insensível a
tudo que se passa.Tomamos como modelo o Carnaval... Tempos atrás esses entrudos
eram verdadeiramente do povo para o povo. Clubes
carnavalescos, troças, maracatus entre outras atrações, sempre desfilavam nos
dias consagrados ao referido ciclo e fazendo nele belas e pomposas aparições.
Carpina por exemplo possuía um dos melhores carnavais da mata norte e sem
equívoco nenhum um dos maiores do estado. Não havia participação dos órgãos
governamentais com suas verbas alopradas e mafiosas corrompendo assim o estão
cívico do povo e os deixados acorrentados ao bel prazer de políticos. E de onde
saiam o financiamento para essas sociedades brincantes? Existia a união dos
apaixonados pelas agremiações, as diretorias consistentes, os patronos, as
empresas privadas. Principalmente o livro de ouro e onde se concentrava
todas as esperanças de uma arrecadação mais apurada e vantajosa para fazer face
às despesas das indumentárias e outros afins para o desfile. Esses instrumentos
(Livro de ouro) eram sempre
carregados em suas andanças pela nata da diretoria nas visitas ao comercio e as
indústrias locais e também a elite social da cidade (Juízes, promotores,
doutores e pessoas abastardas) enfim era comum essa prática. Claro que as
atitudes e a honradez daqueles que empunhavam o folhoso sempre prevaleciam em
maiores contribuições e por fim os patronos sempre chegavam juntos com seus
amores a aquelas agremiações. Hoje sem as verbas públicas não existem mais
carnavais (?). Carpina não teve carnaval esse ano por falta de verba pública (?) - Inadmissível. É
triste a realidade de ver nosso povo acorrentado a sua insignificância pela
falta de uma atitude que se concerne a si próprio. Podemos citar o Bloco Lira do Carpina como uma “ave
rara”. Aos participantes tiramos o chapéu, pois promoveram um carnaval
independente desses maléficos efeitos políticos. Mais como diz um velho adágio
popular: “Uma andorinha só não faz verão”.
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