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sexta-feira, 25 de março de 2016

PÃO E CIRCO - UMA VERGONHA!




-                     Artigo publicado na Coluna da Embaixada Carpinense na edição de março/2016 do Jornal “A Voz do Planalto”.-

Uma coisa que me deixa deveras ressabiado são os banquetes que políticos fazem com o dinheiro do povo. Para começo de história é que em todos os eventos públicos que se fazem hoje em dia tem que ter a participação de verbas governamentais. Seja no sentido amplo de um município, estado ou mesmo federal. Hoje para que se ter um evento dessa natureza há necessidade de verbas do governo. Não acho isso correto, pois esse dinheiro vindo dos impostos e outras arrecadações são destinados a outros afins como a educação, a saúde ou a infraestrutura e indo parar nesses acontecimentos, digo sinceramente é pão e circo para o povo”- além de um eventual caixa dois para os “espertinhos”. O danado é que o brasileiro acostumou-se a essas marmeladas e fica insensível a tudo que se passa.Tomamos como modelo o Carnaval... Tempos atrás esses entrudos eram verdadeiramente do povo para o povo. Clubes carnavalescos, troças, maracatus entre outras atrações, sempre desfilavam nos dias consagrados ao referido ciclo e fazendo nele belas e pomposas aparições. Carpina por exemplo possuía um dos melhores carnavais da mata norte e sem equívoco nenhum um dos maiores do estado. Não havia participação dos órgãos governamentais com suas verbas alopradas e mafiosas corrompendo assim o estão cívico do povo e os deixados acorrentados ao bel prazer de políticos. E de onde saiam o financiamento para essas sociedades brincantes? Existia a união dos apaixonados pelas agremiações, as diretorias consistentes, os patronos, as empresas privadas. Principalmente o livro de ouro e onde se concentrava todas as esperanças de uma arrecadação mais apurada e vantajosa para fazer face às despesas das indumentárias e outros afins para o desfile. Esses instrumentos (Livro de ouro) eram sempre carregados em suas andanças pela nata da diretoria nas visitas ao comercio e as indústrias locais e também a elite social da cidade (Juízes, promotores, doutores e pessoas abastardas) enfim era comum essa prática. Claro que as atitudes e a honradez daqueles que empunhavam o folhoso sempre prevaleciam em maiores contribuições e por fim os patronos sempre chegavam juntos com seus amores a aquelas agremiações. Hoje sem as verbas públicas não existem mais carnavais (?). Carpina não teve carnaval esse ano por falta de verba pública (?) - Inadmissível. É triste a realidade de ver nosso povo acorrentado a sua insignificância pela falta de uma atitude que se concerne a si próprio. Podemos citar o Bloco Lira do Carpina como uma “ave rara”. Aos participantes tiramos o chapéu, pois promoveram um carnaval independente desses maléficos efeitos políticos. Mais como diz um velho adágio popular: “Uma andorinha só não faz verão”.        

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