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segunda-feira, 1 de abril de 2019

1964 - UM TEMPO QUE VIVI ...


Muitos falam... Muitos opinam ... e raciocinam sobre a “Ditadura Militar” acontecido naquele período da história brasileira, mas na verdade a maioria não viveu, não conviveu. Possuem conhecimentos sim, mas através de livros ou outras epístolas direcionadas conforme desígnios de muitos autores intelectuais e muitas inverdades. Na realidade são passados 55 (cinquenta e cinco) anos dos fatos. É claro que muitos desses que hoje protesta sobre a insígnia das “torturas nunca mais” não eram nascidos. Todo o conteúdo adquirido foram através do “ouvi dizer” ou mesmos livros que conta a história desvirtuada e sem a real profundidade da verdade. É sabido que a mente humana é infinitamente liberta e possui o livre arbítrio dentro de seu mais puro raciocínio.  Como diz o ditado popular: Cada cabeça é um mundo. Verdade.  
Na minha juventude vivi plenamente essa trajetória de acontecimentos. Fui ativista com alguns companheiros colegiais, participamos de alguns eventos patrocinados principalmente pela congregação Salesiana, tendo à frente o Padre Genário Augusto de Melo – na época padre conselheiro do Ginásio Salesiano Pe. Rinaldi -. Para quem não sabe foi fundador da Comunidade de Jovens do Carpina – Um projeto dele e que, mais tarde floriram muitas entidades semelhantes em todo país e sempre regidos pela congregação Salesiana -, também o mesmo foi incentivador e ajudou no primeiro sindicato dos trabalhadores rurais em Carpina e hoje consolidado como Fetape. O intuito desse alentado sacerdote era fazer frente as Ligas Camponesas – entidade pró-comunista e que possuía como seu grande líder Francisco Julião -. Fui também um dos fundadores do partido do MDB – Movimento Democrático Brasileiro/Carpina – juntamente com amigos da juventude. Participamos de tudo isso, erramos ativistas sim, mas pelo lado certo e democrático.  Nunca sofremos um arranhão si quer ou mesmo perseguições.
Muitos brasileiros tiveram cassações devido as suas ideias liberais. Citamos Miguel Arraes, Mário Covas, Leonel Brizola, Sergio Murilo, Fernando H. Cardoso entre outros. Todavia não foram torturados, pois suas ideias e ideais eram democráticas e não terroristas. Sim, foram exilados – mas isso é outro capítulo da história -.  O porquê de tantas narrativas sobre torturas e perseguições naquela época? Haveria motivos para tal? O porquê do Exército Brasileiro e o SNI - Serviço Nacional de Informações e o CODI – Centros de Operações e Defesa Interna, foram tão ativos? Houveram motivos para tal? Incentivarem tantas buscas e prisões? Prendia a população que se manifestassem contra o regime? Claro que não – Se fosse assim eu e muitos amigos estaríamos presos e “torturados”. Cassavam, prendiam sim, terroristas e aqueles que procuravam a luta armada como exemplo: A Guerrilha do Araguaia ou a descoberta e o desmantelamento de campo de treinamento de terrorista – dezembro/1962 em Goiás, onde treinavam bandidos e terroristas.    
É errôneo chamar aquele período de Ditadura Militar. Quer uma razão? A vulnerabilidade e estabilidade de nosso país começou a desintegrasse quando o então Presidente da Republica Jânio Quadro abdicou renunciando o mandato deixando para seu vice João Goulart, o qual era demasiadamente alinhado aos projetos socialista e inclusive chegara a pouco do exterior (China comunista) onde realizou e aprendeu muitos ensinamentos socialista. No decorrer da ocasião a instabilidade político, provocou a estagnação econômica, provocando uma inflação descontrolado e deixando o Brasil em um estado de calamidade.  O povo atônico contemplava assustados todo aquele panorama de desordem e desencontros. A comoção foi aumentando ao ponto de entidades católicas, parlamentares, imprensa além do povo em geral exigirem através de passeatas e comícios inflamados, - ações das Forças Armadas para conterem a chama socialista implantada no país. Um milhão de pessoas se reuniram na Marcha da Vitória ou mesmo na Marcha da Família, pedindo a intervenção militar. Não é conversa é realidade, é procurar a verdadeira história. Os fatos não negam esses eventos, criado e realizado pela sociedade brasileira.
Então pela história real, o militarismo foi uma alternativa de salvamento do país. Não foi Ditadura, o poder não foi tomado a força. As Forças Armadas foram solicitadas para garantir a paz e no seu papel de defensor da pátria, tiveram o dever então de intervir. Se houve algum exagero, foi por conta de contingências que ultrapassaram os limites. Não por conta do comando, mas dos comandados.
Não quero com isso dizer que sou a favor de ditaduras ou mesmo militarismo. Há verdade é que naquele momento foi necessário a atitude dos militares tomarem as rédeas da nação. De um jeito ou outro o Brasil mudou para melhor, houve a estabilidade que tanto o povo necessitava, Foi colocado nos trilhos aquela locomotiva desgovernada. É importante porem que nossos descendentes saibam a verdadeira história desses acontecimentos. A verdade tem que ser para todos, enfim devemos mostrar aos nossos filhos e netos os reais episódios do nosso passado.
PENSAMENTOS: “Muitas vezes as coisas que me parecem verdadeiras quando comecei a concebê-las tornaram-se falsas quando quis coloca-las sobre o papel”. René Descartes. Foram colocados em livros histórias desvirtuadas. É necessário aprofundarmos em nossos conhecimentos, para daí compreender a verdadeira e real história de nossa pátria.

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