Nós – a
sociedade- e seus representantes políticos, temos a responsabilidade por tudo
que estamos passando determinantemente relativo a danos causados pelo atual
momento brasileiro, isso envolvendo também ao processo Coronavírus. É
fato que em casos de caos e crise, procura-se sempre buscar um bode expiatório:
Na história das cerimonias hebraicas, consistia de um animal (bode) ser
apartado do rebanho, para o dia da Expiação (Yom Kippur). Na linguagem popular
é a definição de um individuo que não consegui provar sua inocência e ser
responsável pela acusação. Ou seja, é usado quando alguém leva sozinho a culpa
de “outro”.
É até insano
achar que exista um culpado para uma pandemia de dimensão global como essa que
estamos vivendo. Porem existem fracassos em procedimento. Infelizmente nosso
Brasil estar dentro desse contexto, não estamos sabendo humanizar os conceitos
básicos e prioritários de uma endemia tão profunda. É como falamos acima. O
povo e os governantes vivem desordenadamente em processos mútuos porem distante
um do outro. É fato que as autoridades estão definindo a classificação da
pandemia em ondas. O que é real são as sequencias avassaladoras dessas ditas
ondas. É necessário ações de controle, pois acredito que já estamos mesmo tal qual
uma maré crescente, ou seja, de “onda” em “onda” e nada é definido para
melhorar. Tem que existir a prevenção acima de tudo. O governo deve auxiliar nessa anticoncepção,
mas nós – o povo – devemos buscar assimilações de atenção nos protocolos
inseridos nas cartilhas sanitárias, coisa que não está havendo concordância. A
falta preventiva simples de usar máscaras, álcool gel, distanciamento e a
teimosia de aglomerações sem a necessário profilático do uso, essa sim são
ações que cabem a todos praticar nos protocolos introduzidos pela OMS –
Organização Mundial de Saúde. Não são os políticos, mais sim a população
que adquirem desobediências cívicas. Nossos egos são descontrolados por
influencias desordenadas. Estamos vendo os fatos multiplicarem-se, porem
continuamos na teimosia venenosa. Aglomerações em praias, bares, festivais e
bailes clandestinos. Vivenciando normalmente sem as proteções exigidas. Enfim,
temos grande parcela em tudo isso. Justamente em momentos que mais são
necessários a proteção de um com os outros, nos faltam educação, respeito,
solidariedade, empatia e sobre tudo vergonha por termos descumprir protocolos.
É claro que nesse item as autoridades possuem parcelas de culpas, veja a
exemplificação do sistema de transporte público, sem dúvida nenhuma contribuem
para tal situação.
É vergonhoso
vermos nossos três poderes disputando o poder, sem harmonia, num conflito de
egos. A tristeza chega ao depararmos
a assistir redes de televisão, jornais e todo tipo de mídia gerando inverdades
e desinformações a população. E acima de tudo a população a assessorar com
compartilhamentos de maneira rebelde e insensata, deixando os protocolos de
higiene e as regras de convivência. A regressão no combate a pandemia é vista
por todos, mas continua a desobediência em escala crescente. Exemplos que
estamos vivenciando tristemente.
Se a população
é indiciada pelos maus exemplos, os políticos os são mais ainda. Em suas
administrações governamentais, imperou-se uma grande Torre de Babel, o
linguajar e as decisões completamente fora de sintonia. Sabe-se que é
necessário um sistema unificado para salvaguardar e seguir em linha reta os
procedimentos a serem realizados. Isso não aconteceu em nosso país, pois cada
uma das 27 unidades federativas e seus 5.570 municípios, tomam suas iniciativas
independentemente, procurando cada um realizar proezas ao seu bel prazer e
desordenadamente e o pior de tudo sem consciência do que continuam fazendo
insanamente. É necessário responsabilidades, pois estão lidando com seres
humanos e não cobaias. Tudo isso gerou uma loucura de uma dimensão gigante.
Tornou-se ingovernável as medidas preventivas, onde ninguém percebe o problema
causado. Foram realizados protocolos e lockdowns a todo momento, muitas vezes
impensáveis e desnecessários naquele momento. O povo em sua ingenuidade procura culpados, e
nesse ínterim os maldosos, os incautos através de suas Fake News encontra o
culpado. Quem? O Governo Federal. Será mesmo? Diante disso tudo ele (governo
Federal) é o bode expiatório? Não existe um único culpado, mais sim
todos – eu, tu, ele, nós, vós, eles – Enfim todos os pronomes pessoais e
“de cabo a rabo” como diz a linguagem popular. Todos temos “telhados
de vidro”. “Quem dentre vós não tiver pecado, que atire a primeira
pedra” (Jó 8,1-11).
Temos que conscientizarmos
que essa doença é coletiva. Nossa dificuldade na socialização é evidenciada por
tantos erros e aversão de nossa parte. Humanidade é que fazem a diferença das
máquinas para pessoas. Não somos insensíveis, apenas somos contumazes em fazer
o errado.
Enquanto o tempo
caminha, não temos previsão de quando nossa vida voltará ao normal. ocorre que
se abateu um desgaste muito grande na sociedade, e o que nos apresenta no
momento são antevisões de que nada será igual como antes. Haverá diferenças,
não sabemos em qual grau. Pode ser para o bem ou para o mal. O futuro é incerto. Voltamos a dizer, está
enganado quem pensar que há um salvador... engana-se também aquele quem pensa
que exista um culpado. Todos são responsáveis.
FONTES CONSULTADAS:
https://www.jornaldacidadeonline.com.br/
PENSAMENTO:
“Ainda
que fôssemos surdos e mudos como uma pedra, a nossa própria passividade seria
uma forma de ação” (Jean-Paul Sartre)
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