DESENGANO
Dedico
esse inciso como um alerta aos nossos conterrâneos pelos fatos que acontecem comumente
em nossa Floresta dos Leões.
Tornar-se banal como somos desprovidos
de nossos símbolos históricos e culturais. Sem dúvida é habitual às perdas patrimoniais
da cidade, por uma razão obvia e intransigentes imperativamente por parte de
nossos gestores municipais.
Já não basta termos perdido o Clube
Lenhadores – por uma misera quantia de um leilão judicial – perdemos um marco
glorioso de nossa história. Seria imperativo que a municipalidade (câmara e
prefeitura) tomasse iniciativa de provir e assegurar esse patrimônio sócio/cultural.
Podemos enumerar descasos como o
aterro do Marco Zero – hoje restaurado graças à luta da Embaixada Carpinense -.
O mesmo não se pode dizer do giradouro de locomotivas (rede ferroviária) –
aterrado - que desde a século XIX fazia parte de nosso cenário e por desinteresse
da municipalidade não resgatando – como muitas outras cidades o fizeram – junto
a RFFSA o complexo: Estação de passageiros – servido hoje de moradia -, a
magnifica caixa d’água vindo diretamente da Inglaterra - hoje seu prédio serve de mictório popular - e
porque não dizer o armazém geral e que foi derrubado impiedosamente, o
qual fazia parte de um “porto seco”. Armazenava diversos produtos e distribuía para
vários destinos – como sabemos éramos um ponto de entroncamento entre a
capital, agreste do estado e a vizinha Paraíba. Quem não se lembra do velho e majestoso
casarão da Praça Murilo Silva e pertencente à família Barata – Um símbolo neoclássico de arquitetura? E
foi derrubada por alguns vinténs? O casario que pertenceu ao Dr. Francisco José Chateaubriand Bandeira de
Melo – também de uma magnifica obra estilo
Normando -, onde se abrigaram por muito tempo os três poderes do município – Prefeitura, Câmara e Fórum judiciário.
Foi sem duvida um erro grotesco. Se houvesse um pouco mais de consciência o
prédio seria preservado e serviria de um auditório e o gabinete do prefeito. Ergueria
um prédio moderno atrás e com vários pavimentos onde locaria as secretarias. –
Não seria necessário hoje pagar alugueis a terceiros pelas locações das
referidas – Existia muito espaço para tal construção sem dúvida nenhuma. Nossa antiga
Matriz foi sumariamente destruída também por falta de um urbanismo mais acentuado – Não foi feito
outro prédio no local, mais em outra parte (ao lado). Destruir para que? Hoje seria um símbolo familiar – toda preservada
-para todos e absorveria como um centro
paroquial para jovens ou mesmo um pequeno
teatro. Existem tantas cidades que possuem igrejas no meio de uma avenida
ou praça - Nossa vizinha Limoeiro que o diga -. Outro monumento que foi
sacrificado insanamente – isso agora pelo gestor atual – foi o prédio do Matadouro
Público – um prédio secular. o
qual foi chacinado nas primeiras horas de uma manhã qualquer. Poderia ser restaurado e nele colocado, por
exemplo, o acervo do Mestre Solon
– O citado acervo foi para a cidade de Olinda-PE. Porque lá existe o Museu do Mamulengo. Oxente? Nossa cidade
não é conhecida como a “Terra do Mamulengo”. Cadê a
Secretaria de Cultura e Turismo do município?... Cadê a Câmara de Vereadores?..
Cadê o Gestor municipal? Há...Estão à procura de seus próprios interesses e não
da comunidade nem da história da cidade. Na
verdade a família do Mestre Solon procurou a Prefeitura mais foi informado que
não existiam verbas (?), mais para “Festas”
e pagamento de “cache milionário” sim. Pobre Carpina que não possui –
possui sim – um filho da Terra que com seu orgulho ferido renasça nossos ideais.
A diferença entre um estadista e um demagogo é que este decide
pensando nas próximas eleições, enquanto aquele decide pensando nas próximas
gerações. Winston Churchill
Transcrevemos comentários de alguns
embaixadores / embaixatrizes no fórum da Embaixada
Carpinense entristecidos com a saída do acervo do Mestre Solon...
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