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sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

UM MELAÇO QUE NÃO DEU MEL...


Realmente é tenebroso e esdrúxulo o que esta acontecendo no nosso velho e querido Brasil. É difícil  acreditar, mas a cada dia o povo fica a mercê de autoridades que exercem funções importantes para o destino do país. São inconcebíveis que se usem ferramentas jurídicas sadias para infringir as próprias leis. Nossas Leis estão carregadas de jurisprudências que alentam efeitos contraditórios, surgindo então arestas que beneficiam infratores.
Um exemplo disso foi a liminar expedida pelo ministro do STF Dr. Marco Aurelino de Mello, que em uso de seu poder emitiu uma ordem judicial provisória, onde rezava que todos os condenados que estiverem na segunda estância, poderia ser alforriados e aguardar as finalizações dos ditos processos em liberdade. Vale salientar que no próximo ano – abril – esse imbróglio será julgado pelo plenário do STF, haja vista existirem várias versões de como definir tais prisões pela via da segunda estância. Com certeza o citado ministro saberia desta pauta de julgamento, mas “fez ouvido de mercador”.
Agora pergunto o porquê da tomada monocrática de expedição dessa ordem judicial provisória (liminar)? O porquê de ter sido expedido no último dia de trabalhos daquele órgão e já em final expediente – 14h00min horas -? Seria coincidência ou mesmo presteza da banca de advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já estarem com um pedido de soltura após 48 (quarenta e oito) minutos da expedição lá na sede da Policia Federal em Curitiba? Caso houvesse ter sido acolhida a dita liminar, teríamos mais de 170 mil presos soltos e no aguardo de um julgamento que só poderia vir no próximo ano. Como ficaria então a sociedade civil brasileira sobre o julgo de tantos marginais soltos? Caos?
Pensou nisso Senhor Ministro? Não acredito que houve um gesto mal pensado, foi consciente – tanto que ele em sua eloquência disse : Em vez de incisivo na tutela de principio tão caro ao Estado Democrático de Direito”, “ O Supremo vem viabilizando a livre condução do processo persecutório por instâncias inferiores, despindo-se de papel fundamental”. Fala em garantir a liberdade e diz: “Á Instituição, responsável pela higidez da Constituição Federal, cumpre papel de importância e dela não pode despir-se”. Não sou jurista para interpretar tais argumentos. Tenho sim a convicção que seria uma tremenda e drástica medida, pelo fato do envolvimento de uma quantidade imensa de presos que seriam beneficiados. A sociedade brasileira clara ficou estarrecida com toda essa celeuma. Estava claro (para eles) que não haveria tempo hábil para uma contra ofensiva por parte daqueles contrario a tal medida.    
Eis que o PGR através de sua Procuradora-geral Dra. Raquel Dodge, agiu rápido e promoveu medidas judiciais cabíveis para conter tal liminar. Competia então ao Presidente do STF Ministro Dias Toffoli – que já estava em recesso (órgão) – reverter tal liminar e o que foi feito, tornando nulo aquilo que seria uma barbeiragem da justiça brasileira.    
 No meu entender, nada justifica o procedimento do Ministro Marco Aurélio a tomar tal atitude, tão abruptamente e no crepúsculo das atividades. É claro que causou para todas as esferas profissionais - civis e jurídicas – além da população em si, um estarrecimento sem precedente. Algo que vejo sem nexo profissional. Esperamos que no linear de um novo ano, de um novo governo, os pensamentos e atitudes daqueles que possuem nas mãos nossos destinos, o façam com sabedoria.
Pensamentos – “A confiança é um dos laços mais importantes quando se está envolvido com alguém ou algo. Se ela quebra, todo o relacionamento está seriamente comprometido”. (Simony Thomazini). Ou podemos falar como diz um adagie popular: “A confiança é feito um cristal. Trincou... Não vale mais nada”.
Bom... Foi o que restou apenas um cristal trincado!

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